Governo de Minas participa de 3ª rodada de discussão para repactuação do acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Mariana

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Reunião foi realizada em Vitória na última semana

O Poder Público e representantes das empresas responsáveis pela Barragem do Fundão, em Mariana (MG), se reuniram na terceira rodada de negociações para repactuação do acordo de reparação dos danos causados pela tragédia de 2015. O encontro ocorreu em Vitória (ES) nos dias 13 e 14/10, sob a coordenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com a participação da Samarco Mineração S/A, da Vale S/A e da BHP Billiton Brasil, além de governadores, procuradores e advogados públicos.

O Governo de Minas foi representado pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e coordenador do Comitê Gestor Pró-Rio Doce, Luís Otávio de Assis. As rodadas de discussão fazem parte das ações do Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão, formado pelo CNJ, e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A terceira reunião foi realizada no Palácio Anchieta e no Palácio da Fonte Grande, em Vitória. Foram apresentadas questões técnicas relativas à execução de programas implementadas nas regiões atingidas. A Fundação Renova apresentou o status de execução dos programas de reparação. Também foram colocados em discussão a reabertura de uma possível repactuação integral e questões relativas aos reassentamentos da população atingida.

“Nessa terceira rodada, em Vitória, iniciamos a discussão sobre como gerar maior efetividade e agilidade aos atuais programas executados pela Fundação Renova, estabelecendo mecanismos que poderão constar no novo acordo”, destacou o secretário-adjunto da Seplag, Luís Otávio de Assis.

Segundo o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, que representou o CNJ no fórum, foram apresentadas alternativas que promovam celeridade, precisão e integralidade nas reparações.  As audiências – que estão acontecendo desde setembro – também ampliam o acesso e o conhecimento em relação aos atos praticados em relação ao caso até o momento.

Diálogo

As discussões se somam aos debates realizados por meio de audiências públicas com pessoas atingidas pelo desastre ambiental causado pelo extravasamento de milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro e sílica, entre outros particulados, que continuaram escorrendo ao longo de cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Além do desastre ambiental, a tragédia matou 19 pessoas. Nas audiências, também participaram especialistas de notável saber nas áreas do meio ambiente, direitos humanos, desastres e conflitos socioambientais, além de autoridades do Sistema de Justiça.

O Observatório definirá novas datas para seguir o calendário de encontros sobre o tema.

Foto: Agência CNJ de Notícias